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Hipersensibilidade Dentária x Laserterapia na Odontologia
A hipersensibilidade dentinária é um problema que atinge atualmente grande parte da população. Além de causar desconforto bucal, gera uma série de inconvenientes na vida psicossocial do indivíduo, levando-o a restrições alimentares.
O tratamento eficaz da sensibilidade dentinária tem sido motivo de várias pesquisas na odontologia durante os últimos anos, e sem dúvida alguma, com o advento do uso do laser na odontologia tem-se uma nova opção de tratamento.
Devemos considerar dois tipos de lasers para o uso odontológico: os lasers cirúrgicos e os lasers não cirúrgicos. Podemos utilizar estes dois tipos de laser no tratamento da hipersensibilidade dentinária, sendo que atuam de maneira totalmente diferente. Por isso torna-se muito importante o conhecimento do mecanismo de interação tecidual de cada equipamento, seus efeitos e resultados clínicos.
Os lasers cirúrgicos têm ação de corte, vaporização ,desnaturação de proteínas e coagulação de vasos. Os lasers não cirúrgicos têm uma ação de biorregulação celular, com efeitos analgésicos, anti- inflamatórios, cicatrizantes e miorrelaxantes.
A hipersensibilidade dentinária é devida à exposição da camada de dentina, após o desgaste da camada de esmalte ou cemento, expondo os túbulos dentinários e as terminações nervosas, que encontram-se dentro destes túbulos, que são submetidos a uma grande variedades de estímulos.
A exposição da superfície dentinária pode ocorrer por uma série de fatores: pela escovação forçada, erosão, pela ablação que é causada pelo bruxismo, hábitos parafuncionais ou estresse oclusal; por problemas periodontais; por selamento incompleto da dentina após preparos para receber obturações; por deficiência fisiológica na junção esmalte-cemento; após preparos protéticos em dentes sem canal tratado; Alteração do PH sobre a influência ácida de alimentos, acúcares, acúmulo de placa bacteriana e etc
LASER NÃO CIRÚRGICO NO TRATAMENTO DA HIPERSENSIBILIDADE DENTINÁRIA
Os efeitos benéficos do laser não cirúrgico no tratamento da sensibilidade dentinária já foram descritos em 1982 e 1993, onde o autor descreveu o tratamento de vários casos de hipersensibilidade dentinária de origem traumática após o preparo protético e por retrações gengivais. Imediatamente após a utilização dos lasers não cirúrgicos há uma diminuição da dor. Este efeito analgésico foi comprovado pelo mesmo autor num estudo em humanos, através do método radioimunológico, observando aumento de beta endorfina no líquor céfalo raquidiano depois da irradiação com este laser; mostrando a produção de endorfinas, um mecanismo natural de analgesia. Num segundo momento as propriedades antinflamatórias do laser atuariam, resultando numa reparação da polpa do dente, mais eficaz. Em 1985 autores, estudando o efeito da aplicação do laser terapêutico, encontraram resultados superiores a 85% de eficácia, utilizando aplicação direta do laser na superfície dental exposta.
Em vários outros estudos ao longo deste tempo, os autores concluíram que a ação do uso dos lasers, laserterapia, é um sucesso no tratamento de hipersensibilidade dentinária.
Hoje em dia podemos considerar o laser não cirúrgico como um auxiliar terapêutico indispensável aos consultórios odontológicos. Este laser pode ser utilizado no tratamento da inflamação, na regeneração tecidual, em analgesias, na neoformação de dentina secundária estimulando o mecanismo natural de defesa do organismo, como também poe exemplo dentro de um protocolo que fazemos aqui no consultório: Antes, Durante e Após o clareamento dental, para não haver qualquer tipo de sensibilidade neste processo.