NOTÍCIAS
Entrevistas, matérias e mais
A Odontologia de frente com o Coronavírus: O QUE MUDOU?
O QUE MUDOU E O QUE NÃO MUDOU EM PROL DA SEGURANÇA DOS PACIENTES E DOS PROFISSIONAIS DENTRO DO CONSULTÓRIO ODONTOLÓGICO.
Hoje, devido à esta pandemia do novo Coronavírus, há muitos questionamentos e inseguranças em relação às medidas de proteção da transmissão dentro dos estabelecimentos de saúde, incluindo os consultórios odontológicos entre pacientes e dentistas.
Dra. Michele Caldas é cirurgiã-dentista, especialista em Periodontia e Implantodontia e membro da Sociedade Brasileira de Odontologia Estética, e explica nesta matéria a importância desta prática nos consultórios odontológicos.
O QUE É BIOSSEGURANÇA?
Dra. Michele explica numa linguagem mais técnica, que biossegurança é o conjunto de estudos e procedimentos que visam evitar ou controlar os riscos provocados pelo uso de agentes químicos, físicos e agentes biológicos à biodiversidade.
É um conjunto de ações voltadas para a prevenção, minimização ou eliminação de riscos inerentes às atividades, como a ODONTOLOGIA na PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS, visando a saúde e a vida humana. “Ou seja, todos os cuidados de proteção e segurança que utilizamos no atendimento, desde a chegada do paciente na sala de espera até a sala clínica de atendimento, a fim de proteger a equipe, paciente e profissional.”, afirmou.
O conhecimento e a aplicação dos métodos usados para destruir, remover ou excluir micro- organismos é fundamental para realizar adequadamente a prática da odontologia e de outras áreas da saúde.
A especialista conta que neste momento de pandemia, as normas foram atualizadas com o objetivo de impedir a disseminação do coronavírus, que é transmitido por aerossóis e gotículas de saliva, pontos críticos durante o atendimento odontológico. Com todas estas informações, diz ela, estudos demonstram que o cirurgião-dentista é o profissional com maior chances de contrair o vírus durante os procedimentos.
Dra. Michele destaca que medidas rigorosas de biossegurança sempre foram aplicadas nos consultórios odontológicos, a fim de restringir riscos de infecção para os pacientes e profissionais.
De acordo com a Dra. Michele, é importante neste momento de pandemia e pós pandemia, orientar as pessoas que a odontologia sempre foi e continuará sendo biossegura, com protocolos incorporados que tornam a ida ao consultório segura e sem risco aos pacientes, desde que as normas sejam seguidas à risca para o bem estar e saúde de todos os envolvidos.
A especialista ainda cita particularidades dos micro-organismos:
“Os micro-organismos são capazes de sobreviver em ambientes de diversas condições físicas. Existem, entretanto, limitações da capacidade de sobrevivência de determinado micro-organismo em um meio desfavorável,” cita.
“As principais razões para se desenvolver o controle dos micro-organismos são:
- Prevenir a transmissão de doença e infecção;
- Prevenir a contaminação ou crescimento de micro-organismos nocivos;
- Prevenir a deterioração de materiais por micro-organismos.”, explica a Dra.
“A preocupação dos profissionais de odontologia em tornar os materiais isentos de micro-organismos já vem de muito tempo”, comenta a dentista.
De acordo com a Dra. Michele, é importante explicar determinados conceitos:
- Esterilização: É a destruição ou remoção de todas as formas de vida de um dado material. Este termo não pode ser usado com sentido relativo. Um objeto está ou não esterilizado. Não existe meio termo.
- Desinfeção: É a destruição dos micro-organismos patogênicos sem que haja necessariamente a destruição de todos eles. O que se obtém é a diminuição do número de micro-organismos em determinados locais à uma quantidade segura, como por exemplo nas superfícies, no equipo odontológico e etc.
- Sepse: Presença de micro-organismos nos tecidos produzindo infecção. Significa a inibição da proliferação ou a destruição de micro-organismos por agentes químicos. Exemplos disso são os bochechos com substâncias específicas, oferecidos ao pacientes antes de qualquer procedimento no consultório, explica a Dra. Michele.
- Assepsia: Conjunto de meios empregados para impedir a penetração de micro-organismos em determinados locais. Todas as manobras como esterilização do instrumental, antissepsia do campo operatório, colocação de luvas, máscara e óculos de proteção fazem parte desta cadeia asséptica.
PROTOCOLOS DE ATENDIMENTO:
“Os protocolos já existentes de recebimento e atendimento aos pacientes, hoje com adições, são construídos com sólidas evidências científicas, que permitem atender pacientes com quaisquer patologia como AIDS, HEPATITE e etc., como o uso de barreiras ou equipamentos de proteção”, exemplifica.
O uso de equipamentos de proteção individual têm a finalidade de proteção entre paciente/profissional e profissional/paciente, impedindo assim migração de micro-organismos através de sangue, fluídos orgânicos, secreções e etc. “O equipamento de proteção individual incluem luvas para cada procedimento, avental impermeável, gorro (profissional e paciente), máscara específica com maior proteção, óculos de proteção (profissional e paciente), viseira de proteção facial, protetores de sapato (profissional e paciente) dentre outros, de acordo com a especialista.
O objetivo deste artigo é tranquilizar e oferecer segurança às pessoas na volta ao dia a dia no consultório odontológico para tratamentos pós pandemia, mostrando que a preocupação com a biossegurança continua a mesma, somente com adições e que a odontologia continua acompanhando e colocando em prática a evolução e mudanças com maestria, em prol da saúde.
“Continuará entregando saúde em forma de sorriso, estampando no rosto as transformações que impactam na vida de cada pessoa.”, ressalta a dentista.
Quando isso tudo acabar, a humanidade vai precisar estar sorrindo para continuar em frente.
E adivinha quem promoverá esses SORRISOS?