Atualmente definimos o sono como um estado modificado e reversível da consciência, que obedece a determinados critérios.

A recente pandemia gerou inúmeras consequências à saúde humana, destacando-se o aumento dos distúrbios do sono, apneia do sono e bruxismo que resultaram numa grande demanda nas clínicas odontológicas em função de suas correlações cardiorespiratórias, cefaleias, transtornos depressivos e ansiedade, tanto em crianças como em adultos. Igualmente, aumentaram as dores muscoesqueléticas, fraturas dentárias e desemprego, sinalizando aos dentistas novos cuidados nas abordagens restauradoras.

Entender os mecanismos do sono e os seus efeitos na saúde física e mental dos pacientes, seja adulto ou criança, faz parte do trabalho do dentista.

Diante das estatísticas impactantes, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), os problemas do sono atingem 45% da população mundial. No Brasil, a Associação Brasileira do Sono (ABS) estimou em 2019 que 38,5% (73 milhões de pessoas), um terço de sua cidade, apresenta Débito do Sono.

Em mais de 99% dos casos , o paciente vai ao médico queixando-se de uma “sensação de mal estar físico ou psíquico que ocorreu ou ocorre no estado de vigília, isto é , acordado. Não só o paciente , como por vezes os clínicos, esquecem que abordar o “sono” na história clínica é falar sobre 1/3 das suas vidas.